Portenho, 44 anos |
Criado em um bordel de Buenos Aires, cresceu
entre putas, bandidos e os personagens marginais da periferia da cidade. Sua
mãe era uma das prostitutas mais lindas desse bordel, que ao engravidar de um
cliente foi expulsa da casa, pela cafetona, assim que teve o bebê.
Desconsolada, saiu pelos bares da cidade, bebendo tudo o que encontrava, até
que por último e em desespero absoluto bebeu meio litro de querosene, sendo
encontrada no dia seguinte, morta e com a criança ainda em seu colo. As putas
do cais recolheram o menino e o levaram de volta ao bordel, onde foi criado por
todas e por ninguém, cresceu e aprendeu a sobreviver com essa escória humana e
aos poucos foi tomando conta desse estabelecimento, virou o grande chefe, o
cafetão do Bordel, seu nome é Querô. Um dia um cliente bateu em uma de suas
putas favoritas, enlouquecido de raiva matou-o com uma navalhada no pescoço,
fugiu, deixou para trás suas garotas e refugiou-se no Brasil. Para sobreviver
começou a traficar drogas e a agenciar novas putas, negociava tudo o que tinha
e o que poderia ter, negociava desejos e esperanças. Foi encontrado pela
polícia aliciando adolescentes para o trabalho sexual, garotas da periferia,
seduzidas por sua lábia e carisma. Foi preso por exploração sexual e tráfico de
Drogas, ainda assim, suas garotas não o deixaram, elas o visitam regularmente e
trazem para ele, tudo o que necessita para negociar com os outros presos e
assim ser um dos líderes da cela. Assassino confesso, malandro, sedutor e dono
de um sorriso e uma lábia que consegue convencer os corações mais céticos, esse
é Querô, esse é El Portenho, como todos o chamam no Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário